terça-feira, 7 de junho de 2011

Dos objetos ao corpo

Uma característica bem conhecida dos índios é a pintura corporal, afinal, quem nunca as viu? Então, eles usam essa arte na crença de transmitir ao corpo a alegria das cores, de modo que a escolha destas se torna muito importante. As cores mais comuns são o vermelho vivo do urucum, o negro esverdeado do jenipapo e o branco da tabatinga (espécie de argila).
As mais belas pinturas são associadas aos Kadiwéu, que desenvolveram uma pintura mais elaborada e impressionou os colonizadores e foi analisada por vários estudiosos. Essas pinturas são geométricas, complexas e revelam um equilíbrio que impressionam o observador.

Segundo Lévi‑Strauss (antropólogo, professor e filósofo francês) "as pinturas do rosto conferem, de início, ao indivíduo, sua dignidade de ser humano; elas operam a passagem da natureza à cultura, do animal estúpido ao homem civilizado. Em seguida, diferentes quanto ao estilo e à composição segundo as castas, elas exprimem, numa sociedade complexa, a hierarquia dos status. Elas possuem assim uma função sociológica.”.

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